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As Apaes tem como objetivo promover a atenção integral à pessoa com deficiência intelectual e múltipla e com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Dentro desse contexto, realizam ações com os usuários em áreas que desenvolvem as habilidades sociais, cognitiva e motora.  

Na Educação Especial o professor se preocupa com a prática educativa intencional e que contribua com a construção de um ser humano como membro da sociedade. Sua atuação na ação educativa ocorre em todas as faixas etárias, desde a estimulação precoce até aos que já estão em grupos de convivência. 

É de fundamental importância sua atuação porque um aprendizado adequadamente organizado resulta em desenvolvimento mental e põe em movimento vários processos de desenvolvimento.

No dia 15 de outubro é comemorado o Dia do Professor. Convidamos a Andreia Bernardo Silvestrini, 50 anos, professora na Apae de São José para explicar qual o papel desse profissional na Rede Apae. 

 

Andreia se formou em pedagogia, com habilitação em educação especial em educação infantil na Universidade Federal do Estado de Santa Catarina (UDESC), e possui pós-graduação na mesma área. 

 

Você já exerceu a profissão no ensino regular?

Sim.

Atua há quanto tempo na Apae de São José?

Desde 2011.

Qual é a sua história na educação especial? 

Minha história na educação especial foi para conhecer as metodologias, técnicas e estratégias sobre as deficiências e síndromes, pois no ensino regular, na época que eu iniciei, tinha pouco conhecimento sobre esses assuntos, mesmo passando por uma faculdade e pós-graduação.

Qual o papel do professor(a) dentro das Apaes? 

O papel do professor nas APAES é muito importante na vida dos educandos, pois nossa prática pedagógica parte da premissa que todos são capazes de aprender a partir de suas singularidades e potencialidades.

Como é a rotina pedagógica da Apae? 

Na rotina da APAE os professores têm várias atividades como alimentação, higiene pessoal e atividades cognitivas.

O que você prioriza nas suas abordagens pedagógicas? 

Priorizo oferecer o máximo de contato dos educandos com o mundo ao redor deles, buscando elementos que contribuam para a aquisição da autonomia.

Quais especializações são necessárias para trabalhar na Rede Apae? 

No meu caso, tenho graduação e pós-graduação na educação especial.

As ações desenvolvidas com os educandos são planejadas de forma individual ou coletiva? 

Nas turmas que atuo neste ano, no Programa de Educação Profissional (PROEP), as ações são planejadas de forma coletiva.

A parte pedagógica é desenvolvida paralelamente a outras áreas como fisioterapia e fonoaudiologia, por exemplo? 

Sim.

Como você avalia o desenvolvimento do educando nas atividades diárias? 

Penso que nossas atividades estão vinculadas em muitos casos com o contexto familiar. Se a família trata os filhos conforme a idade cronológica, nossas atividades em sala de aula avançam melhor, e o educando desenvolve muito a sua autonomia. 

Na sua opinião, existe resistência por parte dos docentes para atuar nas Apaes? 

Hoje acredito que não, pois tem muita informação sobre os assuntos, diferente de quando eu comecei em 2005.

Você se sente realizada na profissão e especialização que escolheu? 

Sim, pois acredito no meu profissional.